domingo, 22 de agosto de 2010

Envolvido Mais do que o Dinheiro

No entanto, o problema transcende as finanças. Outros fatores agravam a situação financeira.

Primeiro, não há mais o forte apoio que antes era dado à Igreja. As disputas após o Segundo Concílio do Vaticano têm deixado alguns desconfiados da Igreja e de suas escolas. Por conseguinte, muitos pais não mais enviam seus filhos a tais escolas.

Adicionalmente, o próprio motivo para a existência das escolas parece ter desaparecido. Sentimentos anticatólicos talvez fôssem fortes nos anos anteriores, mas, em 1960, um católico, John F. Kennedy, foi eleito presidente dos EUA. Grande parte do preconceito já havia, obviamente, desaparecido. Assim, arrazoam os pais, por que agüentar as despesas duplas de mandar os filhos às escolas paroquiais quando se pagam impostos para escolas públicas”?

Também, há falta de clara liderança para as escolas. Conforme Koob e Shaw confessam:

“Nem todos os problemas da educação católica desapareceriam como que por mágica se grandes somas adicionais de dinheiro se tornassem disponíveis de forma súbita. O dinheiro . . . não eliminaria a questão dos alvos e das prioridades.” — P. 61.

Em outras palavras, se o dinheiro se tornasse disponível, Quem o gastaria? Como seria gasto? Sublinharia a escola católica o serviço prestado aos pobres da cidade e a eliminação do desequilíbrio racial? Ou se mudaria para os subúrbios chiques? Quem decidiria o currículo?

Há esforços para se resolver tais questões; porém, há pouca unidade. Assim, tais autoridades eclesiásticas também afirmam:

“Apesar das noções remanescentes de que a Igreja seja um monólito, um inteiro coro de vozes hodiernas ‘falam’ a favor da educação católica, e não raro, cada um parece estar dizendo algo diferente.” — P. 26.

Entre tais “vozes” se acham os bispos e pastores que, embora encarregados das escolas, não raro carecem de treinamento no campo educacional.

Também, nos anos recentes, “juntas de educação” têm-se pronunciado a favor da educação católica. Tais juntas basicamente procuram atrair leigos experientes das paróquias ou dioceses para trabalharem junto com o pastor ou bispo. Mas, tal união não tem produzido liderança decisiva. A respeito de tais juntas, a revista católica Commonweal, de 3 de abril de 1970, disse:

“Sente-se que as juntas escolares de que tanto se fala têm sido grandemente ineficazes em alterar basicamente as prioridades. As juntas escolares proliferam; as iniciativas quanto a diretrizes parecem tão inescrutáveis como antes. As juntas realmente não dispõem de muita autoridade.”

Tais fatores agravam a crise financeira. No entanto, alguns argumentam que os problemas das escolas não são tão sérios quanto as notícias da imprensa nos fariam crer.

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